quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

ÊXODO

A libertação do povo de Deus da servidão do Egito constituiu o assunto do Êxodo.
Os hebreus, estabelecidos no delta do Nilo, depois da morte de José, tiveram que suportar o jugo dos egípcios. Em toda a Bíblia o Egito torna-se-á o símbolo do adversário - tipo do povo eleito, o poder do terreno que procura contrariar os planos divinos.
Deus chama Moisés para uma grandiosa missão e revela-se a ele primeiro na sarça ardente. Moisés torna-se o chefe do povo oprimido e combate sob a guia divina contra os poderes do mundo.
A passagem do anjo que extermina os filhos dos egípcios, testemunha que o povo eleito, libertado, terá que viver, daí em diante, no temor de Deus e reconhecido ao seu grande Benfeitor. A primeira festa a Páscoa foi cruenta: foi uma figura da grande e solene Páscoa, durante a qual, pela imolação de Cristo, o Cordeiro de Deus, toda a humanidade, espiritualmente falando, foi libertada do jugo do pecado e do demônio.
Depois de ter libertado o seu povo, Deus o conduziu através das águas e através do deserto.
No monte Sinai, ele quis intervir solenemente e proclamar a Aliança com seu povo: "Se obedecerdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis, entre todos os povos, o meu povo todo particular... sereis uma nação consagrada." (Ex 19,5-6).
O Decálogo será a carta deste contrato, o Direito imposto por Deus ao seu povo libertado do Egito.
O Decálogo é seguido de um texto legislativo, fragmento antiquíssimo (Cap 20 a 23), primeiro esboço de uma legislação social e religiosa completada mais tarde, e de leis rituais (Cap 25 a 30) redigidas posteriormente.
Um sacrifício cruento (cap 14) formou a solene conclusão dessa aliança. Entretanto, o pacto apenas concluído foi violado.
O povo cede à antiga tentação de materializar o seu Deus para torná-lo visível, construindo um ídolo, como símbolo de sua força e de sua fecundidade. Este modo de manifestar ao ídolo o seu culto parece-lhe mais fácil do que adorar em espírito um Deus invisível. Deus irrita-se e castiga o seu povo, mas por fim mostra-se magnânimo. A Aliança é renovada: a fidelidade dos hebreus, tanto as prescrições culturais aos mandamentos do decálogo, deverá servir, para o futuro, de testemunho de seu reconhecimento para com os benefícios divinos.
O sinal visível do pacto entre Deus e o seu povo serão as tábuas da Lei, guardadas na arca da Aliança. Esta arca tem o valor simbólico do trono de Deus: ela testemunha que Deus habita no meio do seu povo, como penhor da fidelidade de sua promessas.

Fonte: Bíblia Ave Maria

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