segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

APOCALIPSE

Palavra grega que significa revelação, é obra do apóstolo João,a que o escreveu no fim de sua vida, pelo ano 100, sob a forma de uma carta dirigida as Igrejas da Asia menor.
Este livro é considerado pela maioria dos leitores como a mais difícil de compreender e o mais misterioso de toda a Bíblia. Ele é, com efeito, bastante enigmático, mas sua interpretação pode tornar-se mais clara, se se levar em conta, de uma parte, o gênero literário utilizado pelo autor, e de outra, a circunstância em que a obra foi escrita.
A situação dos cristãos da Ásia era, naquela época, das mais críticas. As perseguições tinham começado. Por outro lado, muitos cristãos, esperavam uma próxima libertação pelo retorno glorioso de Cristo, verificavam com tristeza que este retorno demorava e que o seu termo era quase indefinidamente adiado. Tomados de angústias, eles começavam a desesperar de encontrarem um dia a independência religiosa.
O apóstolo João, fazendo de seu livro uma mensagem de reconforto e de encorajamento, e ao mesmo tempo um manifesto contra o paganismo reinante, quer anunciar aos seus leitores a inevitável oposição do mal e do bem sobre a terra, e predizer a vitória de Deus, decisiva e certa, embora realizada no sofrimento e na morte. Pára este fim, ele lança mão de um recurso literário muito usado entre os judeus desde há dois séculos aproximadamente do qual se pode ver um exemplo no livro de Daniel. Este gênero literário foi chamado gênero apocalíptico porque ele apresenta aos olhos do leitor uma série de visões, ou revelações muito simbólicas, tendo um sentido oculto.

Fonte: Bíblia Ave Maria

domingo, 29 de setembro de 2013

Cartõezinhos

Olá amigos!
Recebi agora há pouco estes selinhos para adoçar o nosso dia.
É lá do www.cantinhodoblog.com.br
Compartilho com vocês. Um abençoado domingo!




Fonte: Cantinho do Blog

O Rico e o Lázaro

Lázaros de hoje

Celebramos hoje o dia da Bíblia.
E o lugar privilegiado para ler e acolher a Palavra de Deus é a comunidade da celebração dominical.
A liturgia de hoje convida a ver os bens desse mundo, como dons que Deus colocou em nossas mãos para que administremos, com gratuidade e amor.


Figuras para colorir
O Lázaro e o Rico










quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Atividade - 26o. Domingo do Tempo Comum - Ano C

Olá irmãos! Vamos rezar? Senhor, ajuda-nos a ter compaixão pelos que sofrem e nos mostre os caminhos que nos permitam diminuir a sua dor. Pai Nosso... 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Festa dos Arcanjos



29 de Setembro - Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões - Miguel, Gabriel e Rafael - para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus "mensageiros dos decretos divinos" aqui na terra.

Miguel, que significa "ninguém é como Deus", ou "semelhança de Deus", é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus". É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "cura de Deus", teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

Fonte: Paulinas

São Pio de Pietrelcina


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Simpósio - Ano da Fé - Santa Fé



20 de setembro de 2013

Catecismo: “O Catecismo da Igreja Católica instrumento para transmitir a fé” (porta da Fé)
Assessores: Diácono Edmar Conrado, responsável pela Iniciação Cristã – Arquidiocese de Natal
Irmã Anna Maria do Espírito Santo e Irmã Júlia Maria do Espírito Santo – Congregação de Nossa Senhora de Belém
Subsídios: Bíblia, Catecismo da Igreja Católica e etc;

PROGRAMAÇÃO
08h00 – Café
08h30 – Oração inicial / Palavra de Abertura – Dom Lucena / Acolhida
09h00 – I Reflexão – O Catecismo da Igreja Católica: Memória e Atualidade – Diácono Edmar
10h00 – Trabalho em Grupo
10h20 – Animação
10h30 – II Reflexão – O Catecismo na Ação Evangelizadora da Igreja – Ir. Anna Maria
11h30 – Trabalho em Grupo
12h00 – Oração / Almoço
14h00 – Animação / Plenário
14h30 – III Reflexão – Catecismo: Instrumento para a transmissão da fé, Viver e Orar / Crer e Celebrar – Irmã Anna Maria e Diácono Edmar
15h30 – Reflexão Individual
Oração Final / Benção Final
16h00 – Encerramento / Lanche / Saída

“A SEMENTE DA FÉ NÃO EXIGE MENOS CULTIVO DO QUE AS OUTRAS SEMENTES.”,
(Me. MHelena Cavalcante)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução aos Livros da Bíblia

ATOS DOS APÓSTOLOS



Formam uma sequencia do terceiro Evangelho, e são devididos ao mesmo autor, Lucas que, para redigir, utilizou tradições escritas e orais e escreveu, para uma parte importante de sua narrativa, suas próprias memórias.
Os Atos contam os acontecimentos que marcaram o nascimento da Igreja primitiva: a ascenção de Jesus, o Pentecostes, a primeira pregação em Jerusalém e na Palestina; em seguida, a conversão de Paulo e sua viagens missionárias através da Ásia Menor e na Grécia, sua prisão, seu processo e sua transferência para Roma. A narrativa termina bruscamente, sem falar da Libertação do apóstolo e das suas viagens antes do martírio.
O livro dos antos, em sua primeira parte, insiste antes de tudo sobre a influencia do Espírito Santo no desenvolvimento das primeiras comunidades cristãs.
Na segunda parte, ele se restringe a mostrar como Paulo, seguindo nisso, a exemplo de Pedro, é o grande realizador da entrada em massa dos pagãos na Igreja.
A leitura dos Atos dos Apóstolos - aliás fácil e atraente - é indispensável para uma boa inteligencia das Epístolas de São Paulo.

Fonte: Bíblia Ave Maria.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

JEREMIAS

A pessoa do profeta Jeremias é atraente de modo todo particular.
Ao passo que os oráculos dos outros profetas pouco ou nada nos revelam sobre as pessoas dos seus autores, o livro de Jeremias, pelo contrário, é cheio de episódios e de poemas que se relacionam com a própria pessoa do profeta, e nos conservam vários acontecimentos de sua carreira, bem como os seus sentimentos, suas lutas interiores, seus sofrimentos.
Jeremias nasceu de uma família sacerdotal em Anatot, aldeia da Judéia, por volta de 650 A. C. O tempo de sua profecia estendeu-se por cerca de 40 anos. A tarefa do profeta era austera: temperamento tímido e hesitante, coração ardente e sensível, Jeremias viu-se obrigado a ser, entretanto, "profeta das desgraças". Anuncia a queda de Jerusalém e também que haveria uma esperança para o porvir.
O sentido geral do Livro de Jeremias consiste na interpretação providencial da catástrofe nacional que ele anunciou e viveu: Deus, implacável juiz, serve-se da ruína do seu povo para levá-lo, de acordo com um plano pré-estabelecido, ao perdão e a renovação da Aliança, fruto da misericórdia e da graça.


Fonte: Bíblia Ave Maria

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

ISAÍAS

Isaías é considerado, em geral, como o maior dos profetas de Israel.
Nascido pelo ano 760, de uma família nobre do reino de Judá, foi chamado por Deus no ano 740 ao ministério profético, que exerceu por cerca de 50 anos.
Podermos considerar Isaías como profeta da Justiça. Insurge-se ele contra a idolatria e os abusos sociais que se alastravam no seu tempo; ele ameaça os ricos e os poderosos e eleva a voz contra os hipócritas e todos aqueles que levavam vida frívola. Com grande veemência ele chama o povo ao arrependimento e à fé. Um terrível julgamento divino vai desencadear-se sobre Israel: as nações pagãs serão as executoras desse julgamento, mas também elas, por sua vez, serão castigadas e destruídas. Quanto a Israel, um "resto"será salvo. Todos esses oráculos estão impregnados da mais firme esperança, num Rei glorioso que há de vir e restaurar a ordem no mundo: O Messias, o "Príncipe da Paz".
Estre as passagens mais célebres de Isaías notemos as seguintes:
- Censuras a Jerusalém (1-5)
- Vocação do profeta (6)
- O reino do Messias (9-11)
- Cânticos dos resgatados (26)
- Felicidade dos tempos messiânicos (36)
- Anúncio da libertação (40)
- O servo do Senhor (42.49-55)
- A glória da nova Jerusalém (60-61)
- Orações no tempo de angústia (62-64)

Fonte: Bíblia Ave Maria

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

PROVÉRBIOS

livro de Provérbios é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia, vem depois do Livro de Salmos e antes de Eclesiastes. Conforme declara a sua introdução, tem como propósito ensinar a alcançar sabedoria, a disciplina e uma vida prudente e a fazer o que é correto, justo e digno. Em suma, ensina a aplicar e fornecer instrução moral.
Provérbio é uma frase curta, bem construída, que expressa uma verdade adquirida através da experiência e que se impõe pela forma breve e pela agudez das observações. Os provérbios são ensinamentos deduzidos da experiência que o povo tem da vida, e sua finalidade é instruir, esclarecendo situações de perplexidade e fornecendo orientações para a vida humana, como as setas de uma estrada (1,1-7) .
O livro todo é um convite para valorizar não só a cultura popular, mas também, e principalmente, a percepção religiosa que o povo tem de uma Sabedoria que vem de Deus e é seu dom aos pequeninos; sabedoria que nem sempre é captada e compreendida pelos sábios e doutores (Mt 11,25) .
O título do livro vem originalmente de sua forma hebraica Míshlê Shelomoh ("Provérbios de Salomão"). Como é comum na Bíblia Hebraica, o título hebraico do livro é simplesmente um conjunto de palavras do primeiro verso do livro. Na Septuaginta esse livro se chama Paroimiai, que significa "provérbios, parábolas". O Livro de Provérbios ocupa o terceiro lugar na ordem dos Hagiógrafos no Cânon Judaico, e foi um dos que foram discutidos no Sínodo de Jâmnia. A tendência não era excluí-lo do Cânon Sagrado, mas da leitura pública, na sinagoga. A questão básica girava em torno de Pv. 26.4,5, pois alguns rabinos viam contradições nessas passagens; a conclusão deles é que o primeiro versículo diz respeito à Lei e o segundo fala sobre a vida secular.
A autoria do livro de Provérbios não é algo fácil de determinar. Contudo estudiosos apontam que foi Salomão aquele que escreveu a maior parte. Agur e Lemuel contribuíram nas últimas seções.
Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que não foram escritos por um único autor e não pertencem à mesma época. A maioria deles nasceu da experiência popular, que foi depois coletada, burilada e editada por sábios profissionais desde o tempo de Salomão (950 AC) até dois séculos depois do exílio (400 AC). Foram atribuídos ao rei Salomão por causa de sua fama de sábio (1Rs 3-5) mas, quando se observa atentamente os vários subtítulos que aparecem no livro, pode-se facilmente distinguir nove coleções, provindas de tempos e mãos diferentes.
Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro se formou em torno de duas coleções principais "Provérbio de Salomão" (10:1-22:16), com 375 sentenças, e Provérbios de Salomão transcritos de pelos homens de Ezequias" (caps. 25 a 29), com 128 sentenças, precedidos por uma longa introdução (caps. 1 a 9). Além disso duas pequenas coleções (22:17-24:22 e 24:23-24) foram juntadas como apêndices da primeira coleção principal, e três outras pequenas coleções (Palavras de Agur 30:1-14, provérbios numéricos 30:15-33, as palavras de Lamuel 31:1-9) e um poema alfabético que louva a mulher perfeita 31:10-31 foram juntadas como apêndices da segunda coleção principal.
Os nomes dos dois sábios árabes (Agur e Lemuel) são fictícios e não pertencem a personagens reais, mas atestam o valor que se dava à sabedoria estrangeira.
Pode-se dizer com segurança que os caps. 10 a 29 são anteriores ao Exílio na Babilônia, enquanto que a introdução é posterior ao exílio, provavelmente escrita no séc. V AC.
Nas duas coleções principais predomina uma sabedoria humana e profana que desconcerta o leitor cristão.

Fonte: Catequisar

Provérbios para colorir








quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Os Símbolos dos Quatro Envangelistas


O Novo Testamento ou Nova Aliança é a parte da Bíblia que conta a história da vida de Jesus Cristo narrada por quatro homens que são conhecidos com o nome de Evangelistas, porque escreveram a vida de Jesus como um Evangelho, isto é uma Boa Notícia à humanidade. Jesus mesmo não deixou nada escrito. Sua missão foi de anunciar e fazer acontecer o Reino de Deus, reino que se fundamenta no amor, na justiça e no serviço, sobretudo aos mais pobres.
Mateus, Marcos, Lucas e João são os nomes destes quatro discípulos de Jesus. Os três primeiros livros são conhecidos com Evangelhos Sinóticos porque são escritos numa mesma ótica. Eles descrevem muitos milagres e palavras de Jesus. Reunem, completam e editam os assuntos que serviram de base para toda a catequese existente em suas comunidades. João, por sua vez, escreve como uma meditação que visa despertar e alimentar a fé em Jesus Cristo, a fim de que todas as pessoas possam ter vida em abundância. 
A iconografia cristã (representação por imagens) atribui um símbolo a cada um dos quatro evangelistas. Esta atribuição é feita a partir dos textos de Ezequiel 1, 1-4 e 10, 14 e de Apocalipse 4, 6-7, que falam de quatro seres vivos com aparência de touro, leão, ser humano e águia. O primeiro a relacionar os evangelistas com estes seres foi Santo Ireneu (+ 203). Depois foi Santo Agostinho (+430). Assim, surgiu o costume de representá os quatro Escritores Sagrados nas pinturas e nas esculturas junto aos seus símbolos (clique na imagem ao lado!).
Mateus é representado por um anjo ou homem alado porque inicia o seu evangelho com a genealogia de Jesus Cristo, mostrando a sua origem e descendência humanas, marcados pelo seu nascimento (Cf. Mt 1). É a dimensão da obra-prima de Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança.
Marcos inicia o seu Evangelho falando de João Batista, a voz que clama no deserto (Cf. Mc 1,1-25). Seu símbolo é um leão alado, representando as feras que habitam o deserto. É a dimensão da força, realeza, poder, autoridade do Filho de Deus.
Um touro alado simboliza o evangelista Lucas. Ele inicia o seu Evangelho falando do Zacarias, sacerdote em função naquele ano e cuja tarefa era oferecer sacrifícios no Templo de Jerusalém. O touro é a representação dos sacrifícios oferecidos (Cf. Lc 1,25). É a dimensão da oferta a Deus.
João, dentre os quatro o maior teólogo, é representado por uma águia, por causa do elevado estilo do seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistério altíssimo do Filho de Deus. Ele inicia seu Evangelho de cima pra baixo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus" (Cf. Jo 1,1-5). Daí a águia, por ser a ave que voa mais alto e faz os seus ninhos nos montes mais elevados. É a dimensão da liberdade do Filho de Deus diante das forças deste mundo.
Pe. Carlos Alberto Seixas de Aquino












Fonte: Catequisar
Vejam mais para as crianças no blog dos Amiguinhos de Deus, lá tem a historinha para elas com esses mesmos personagens.






quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia

SALMOS


O nome atual do LIVRO DOS SALMOS, ou simplesmente SALMOS, está diretamente ligado à mais antiga designação utilizada para esta coleção de poemas ou cânticos religiosos. O nome português deriva da palavra grega "Psalmoi" e esta é já utilizada na antiga tradução grega, chamada dos Setenta, para traduzir o termo hebraico "mizmorôt", (cânticos). Este parece ter sido o seu nome hebraico mais antigo. Por isso, quando o Novo Testamento lhe chama "biblos psalmôn" (Lc 20,42; At 1,20), está a usar uma designação correta e formal. No entanto, já nos textos de Qumrân e em alguns autores cristãos antigos aparece o nome que atualmente lhe é dado na Bíblia Hebraica: "Sepher Tehillim", "Livro dos louvores".

TEXTO E INTERPRETAÇÃO O tempo tão longo da formação dos SALMOS e o fato de terem vindo a ser objeto de leitura e utilização contínuas, e mesmo quotidianas, torna possível que o texto, um dos mais antigos da Bíblia, possa ter sofrido influências derivadas dessa leitura e mesmo algumas transformações de conteúdo e sentido. A leitura repetida, geração após geração, e a acumulação interpretativa que assim se forma, atribui a estes textos uma riqueza transbordante de conteúdos.

Nem sempre é fácil traduzir num só texto esta multiplicidade. Aqui, tentamos dar o sentido mais exato possível do texto hebraico, na medida em que no-lo permitem as dificuldades de cada passagem.

COMPOSIÇÃO E DATA A tradição hebraica e cristã sempre atribuiu uma grande importância a David, como estando na origem dos SALMOS. Isso representa bem o ascendente que esse rei teve na criação das instituições em que Israel via espelhada e assente a sua vida cultual e espiritual, nomeadamente o culto do templo de Jerusalém. E é ao culto que está certamente ligada a composição da maior parte dos SALMOS. No entanto, estes poemas religiosos foram compostos ao longo de muitos séculos e alguns deles poderão ter sido compostos não muito antes do tempo do Novo Testamento.

Nada impede que a maioria seja anterior ao Exílio e alguns deles possam mesmo ser do tempo de David; alguns podem até ser mais antigos. É que estes hinos religiosos são herdeiros e, em certos casos, em linha direta, da poesia religiosa da tradição cananaica, que os hebreus, em boa parte, aproveitaram. Houve certamente épocas privilegiadas na produção destes SALMOS; a de David poderá ter sido uma delas.

USO E LUGAR NA BÍBLIA Para os hebreus, os SALMOS não tinham tanta importância como os livros atribuídos a Moisés, por exemplo. Daí terem sido colocados na terceira secção, a dos "Escritos", depois da "Lei" (Torá) e dos "Profetas". Há nesta gradação algum escalonamento quanto à respectiva valorização teológica. Mas, na vida religiosa, os SALMOS representavam um patrimônio muito utilizado e um elo fundamental de transmissão da fé; alguns deles são, seguramente, dos textos mais repetidos de toda a Bíblia.

Do judaísmo ao cristianismo, a vivência religiosa de grande parte da humanidade teve o seu alimento e a sua expressão mais natural no texto dos SALMOS. Se pensarmos que o modelo básico e até um ou outro salmo podem ter vindo diretamente da cultura religiosa de Canaã anterior aos hebreus, maior é o seu percurso e a sua representatividade. Cantar um salmo, hoje‚ é um ato de comunhão religiosa e humana que atravessa milênios de experiência.

ORGANIZAÇÃO O LIVRO DOS SALMOS engloba, na atual Bíblia Hebraica, um conjunto de 150 cânticos de que os Sl 1 e 2 constituem a abertura e o Sl 150 representa o encerramento. Mas, na história antiga do texto bíblico, as numerações dos Salmos variaram bastante, sem que se modificasse o seu conteúdo literário. Este conjunto de cânticos era dividido de maneiras diferentes, de tal modo que resultava um número umas vezes inferior e outras superior ao de 150, que se tornou o número canônico no texto hebraico.

Um resto desta antiga variedade na numeração dos Salmos é aquela que ficou na tradução grega dos Setenta, de onde transitou para as traduções latinas dela dependentes e ainda se encontra em antigas traduções portuguesas. Nestas, os Salmos que se encontram entre o 9 e o 147 levam um número a menos. Esta segunda numeração é adotada pelas edições litúrgicas e, neste texto, vai entre parêntesis.
A numeração nas duas Bíblias é a seguinte:


BÍBLIA HEBRAICA
SETENTA E VULGATA
1-8
1-8
9
9,1-21
10
9,22-39
11-113
10-112
114
113,1-8
115
113,9-26
116,1-9
114
116,10-19
115
117-146
116-145
147,1-11
146
147,12-20
147
148-150
148-150

A organização de vários conjuntos no interior do LIVRO DOS SALMOS traduz também algo da história da sua composição: temos coleções de "Salmos de David": 3-41 e 51-72; "de Asaf": 50 e 73-83; "de Coré": 42-49; 84-85; 87-88; "Cânticos de peregrinação": 120-134; "Salmos de aleluia": 105-107; 111-118; 135-136; 146-150. Alguns outros Salmos foram dispersos por entre estas coleções.


CLASSIFICAÇÃO DOS SALMOS O conteúdo e o contexto dos SALMOS fazem com que todos tenham um aspecto semelhante. São expressões de vivência religiosa e de oração. Mesmo assim, existem gêneros literários que identificam todo um grupo de Salmos, com temas, processos, fórmulas e estruturas semelhantes. 



O mais normal é existir certa mistura de gêneros literários, de modo que cada salmo pode partilhar elementos provenientes de vários gêneros. Podem-se destacar, no entanto, os seguintes gêneros literários:



Salmos de louvor ou hinos. São hinos de louvor utilizados com muita freqüência na liturgia das festas, e dos quais se conhecem muitos outros exemplos dispersos pela Bíblia, tal como o Magnificat e outros, no Novo Testamento. Veja-se Sl 8, 19, 29, 33, 100, 103, 104, 111, 113, 114, 117, 135, 136, 145, 146, 147, 148, 149, 150. 



Semelhantes a estes são os "Salmos da realeza de Javé", que celebram a Deus como rei: Sl 47, 93, 96, 97, 98, 99; e os "Cânticos de Sião", que celebram Sião ou Jerusalém como cidade de Deus: Sl 46, 48, 76, 84, 87, 122.



Salmos individuais de súplica, confiança ou ação de graças. São claramente os mais numerosos de todos, o que revela bem a atenção à experiência e aos problemas pessoais da fé, no âmbito da liturgia do povo bíblico. As três categorias traduzem um conteúdo específico: de súplica: Sl 5, 6, 7, 13, 17, 22, 25, 26, 28, 31, 35, 36, 38, 39, 42, 43, 51, 54, 55, 56, 57, 59, 61, 63, 64, 69, 70, 71, 86, 88, 102, 109, 120, 130, 140, 141, 142, 143; de confiança: Sl 3, 4, 11, 16, 23, 27, 62, 121, 131; e de ação de graças: Sl 9, 10, 30, 32, 34, 40, 41, 92, 107, 116, 138.



Deste conjunto, os Salmos 6, 32, 38, 51, 102, 130 e 143 costumam ser designados também como "Salmos penitenciais", dado o seu espírito e o uso litúrgico tradicional.



Salmos coletivos de súplica, confiança ou ação de graças. Partem de uma experiência humana coletiva e exprimem a vivência comunitária que se realiza no culto. São claramente menos numerosos do que os individuais. Exemplos de súplica: Sl 12, 44, 58, 60, 74, 79, 80, 82, 83, 85, 90, 94, 106, 108, 123, 126, 137; de confiança: 115, 125, 129; de ação de graças: 65, 66, 67, 68, 118, 124.



Salmos reais. Têm como tema a importante função exercida pelos reis dentro da comunidade de Israel. Sendo embora um tema diferente do dos "Salmos da realeza de Javé", têm certamente algumas analogias com as esperanças messiânicas, porque estas voltam-se para uma figura com alguns contornos de rei. Exemplos: Sl 2, 18, 20, 21, 45, 72, 89, 101, 110, 132, 144.



Salmos didáticos. Tal é o título que se pode dar a um certo número de SALMOS que ajudam a refletir sobre temas, acontecimentos e valores importantes. Podem subdividir-se em "Salmos sapienciais" ou de meditação: 1, 37, 49, 73, 91, 112, 119, 127, 128, 133, 139; "Salmos históricos": 78, 105; "Salmos de exortação profética": 14, 50, 52, 53, 75, 81, 95; e "Salmos rituais": 15, 24, 134.



TEOLOGIA Sistematizar o pensamento que nos é oferecido no LIVRO DOS SALMOS tem muito a ver com tudo o que anteriormente se disse da sua leitura. Não é verdadeiramente um livro, nem foi feito de uma só vez; não tem, portanto, uma doutrina uniforme e explícita. A sua verdadeira unidade é a da atitude de oração que em todos eles se exprime. 



Mesmo assim, há idéias que são expressas com mais ou menos intensidade. A utilização que tiveram fez deles a expressão literária das verdades religiosas fundamentais. É o caso das expectativas messiânicas, facilmente associadas aos Salmos de temática real. 



Mas o que eles traduzem mais explicitamente é sobretudo a concepção de Deus e de todos os elementos decisivos da experiência religiosa: um Deus que governa o mundo, a vida e a História, que é acolhedor e próximo, disposto a atender os pedidos de socorro, os gritos de desespero e os anseios de esperança, tanto de cada indivíduo como de toda a comunidade. 



Devido a esta representatividade, os SALMOS tornam-se como que um tratado de teologia bíblica, uma vez que a sua expressividade orante encerra subtilezas tão íntimas que facilmente escapariam aos tratados catequéticos ou mesmo proféticos.

Fonte - Catequisar 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Especial Mês da Bíblia - Introdução dos Livros da Bíblia





DEUTERONÔMIO



O último livro do Pentateuco recebeu este nome que significa exatamente segunda (deuteros) lei (nomos).

Na realidade, não se trata de uma segunda Lei, mas de uma segunda cópia da Lei. A maior parte do livro é formada por leis que repetem muitas vezes as apresentadas em Ex e Lv.

Na Bíblia Hebraica, esse livro é denominado Palavras, com referência aos discursos de Moisés nele contidos. 

Sua colocação no final do Pentateuco se deve à sua geografia e cronologia. É situado na região de Moab, no último ano da peregrinação pelo deserto, pouco antes da entrada na terra prometida.

O livro é formado por três discursos de Moisés, pronunciados em Moab pouco antes de sua morte. O objetivo dos discursos é confirmar a aliança do Sinai:

● primeiro discurso de Moisés – Dt 1, 1-4, 40. 

● segundo discurso de Moisés (primeira parte) Dt 4, 41-11,32.

● segundo discurso de Moisés (segunda parte) Dt 26, 16-28, 69

● terceiro discurso de Moisés – Dt 29, 1-30, 20

● apêndice histórico – Dt 31-34.

Embora os discursos do Deuteronômio sejam atribuídos a Moisés, seus verdadeiros autores e destinatários não viveram no século XIII a C., mas provavelmente no século VIII. O livro foi se formando gradativamente entre 750 e 400 a C. 

Provavelmente o núcleo central do livro (4, 1-28; 5, 1-9, 10; 12, 1-28, 46; 30, 11-20; 31, 9-13) foi redigido por um levita no reino de Israel nos meados do século VIII a C. Ele parece reunido a pregação de levitas itinerantes que percorriam o País, ensinando a Lei e relembrando a aliança do Sinai. 

Por ocasião da destruição do reino de Israel, em 722 a C, o texto original do Deuteronômio foi trazido para o reino de Judá, talvez junto com o documento eloísta. Provavelmente o rei Ezequias (715-687 a C) serviu-se deste documento na sua reforma religiosa. O livro teria então recebido alguns acréscimos. Mas na reforma religiosa de Josias (640-609 a C), quando por ocasião da restauração do Templo (622 a C), se encontrou o Livro da Lei.  Os biblistas concordam em afirmar que este livro é o Deuteronômio. 

Os dois grandes protagonistas do Livro são Deus e Israel. O Deus de Abraão, Isaac e Jacó que se revelou a Moisés no Monte Sinai, escolhendo para si um povo dentre todos os povos da terra. Esta escolha amorosa exige de Israel uma resposta amorosa. 

Os homens se uenm por meio de pactos e alianças. Deus aceitou este modo dos homens se relacionarem e uniu-se a eles através da aliança. 

Este importante tema perpassa todo o Pentateuco. Os escribas que fizeram a última redação dos cinco livros estruturaram todo o texto com base na teologia da aliança divididos em quatro períodos: 

1 – A criação até Noé; 

2 – De Noé a Abraão; 

3 – De Abraão a Moisés; 

4 – De Moisés a Josué. 

A primeira é descrita em Gn 9,1-17, o arco-íris no céu é o seu sinal.

A aliança com Abraão foi depois renovada com Isaac e Jacó. 

A aliança do Sinai é a mais importante de todas. Ela determina o nascimento do Povo de Deus. 

Enquanto as alianças com Noé e Abraão eram muito mais uma promessa gratuita de Deus, a do Sinai requer maior participação humana.

A aliança de Siquém marca o quarto período. Josué propõe ao povo servir a Javé ou a outros deuses, o povo se compromete a servir exclusivamente a Javé.


Fonte: Catequisar.com.br